quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entre linhas

Que entrem linhas! Que entre elas... entrelinhas!

O subentendido, o subterrâneo, o subtexto.
A soberba, a sobra, a sombra
Os sinais, os sinos e porque não os cílios?
O suor, o sabor e é só.

A saliva, a saída e a subida
Sem regras, sem portas nem travas
Sem os pontos, sem os passos, sem o que falta
Sem somente isso.

Como o sono, como o solo, como somos
Incansáveis entrelinhas
Preenchidas de variações, indagaçoes, hipóteses e sugestões
Da própria linha
Da vida, da mente e da divisa

O que separa, ou o que une é sempre muro
É sempre mudo, e bem ao fundo... o que contenta
É entrelinha.
O que se entende, o que se sente, e se doente agente ouve o que quiser.

Um comentário:

  1. Se fossem tão claras as superfícies que saem da boca
    Tocam o mundo pela rigidez dos dedos
    Saem do concreto da bola oca
    Seriam mais do que um raio de luz no céu de manhã cedo

    Seria arte se não fosse apenas inspiração
    Um assopro sem ar no peito
    Um tornado de beleza sem feição
    Talvez tivesse rosto se tivesse preceito

    Se fosse nominal e não nomeada
    Não seria um absurdo o sentimento de tantas dores
    Mas por conhecer o nome se faz na mente a toada

    A solidão é em preto e branco segundo os rumores
    E ainda se repete lud, lud ... tal qual na idade da paixão
    Porem agora eco desesperado e sem opção

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