Que entrem linhas! Que entre elas... entrelinhas!
O subentendido, o subterrâneo, o subtexto.
A soberba, a sobra, a sombra
Os sinais, os sinos e porque não os cílios?
O suor, o sabor e é só.
A saliva, a saída e a subida
Sem regras, sem portas nem travas
Sem os pontos, sem os passos, sem o que falta
Sem somente isso.
Como o sono, como o solo, como somos
Incansáveis entrelinhas
Preenchidas de variações, indagaçoes, hipóteses e sugestões
Da própria linha
Da vida, da mente e da divisa
O que separa, ou o que une é sempre muro
É sempre mudo, e bem ao fundo... o que contenta
É entrelinha.
O que se entende, o que se sente, e se doente agente ouve o que quiser.
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Se fossem tão claras as superfícies que saem da boca
ResponderExcluirTocam o mundo pela rigidez dos dedos
Saem do concreto da bola oca
Seriam mais do que um raio de luz no céu de manhã cedo
Seria arte se não fosse apenas inspiração
Um assopro sem ar no peito
Um tornado de beleza sem feição
Talvez tivesse rosto se tivesse preceito
Se fosse nominal e não nomeada
Não seria um absurdo o sentimento de tantas dores
Mas por conhecer o nome se faz na mente a toada
A solidão é em preto e branco segundo os rumores
E ainda se repete lud, lud ... tal qual na idade da paixão
Porem agora eco desesperado e sem opção