segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Invejáveis os músicos, capazes de sintetizar o que eu levaria um livro ou uma vida pra dizer

A correnteza não ignora as pedras
nem tão pouco é decifrável em seus rumos coletivos
Envolve a terra e acolhe o céu
E por onde passa a mancha muda o dia, nem que seja só um dia.

E quando as folhas decidem cair
Descansam num pouso sem fim,
Embaladas pelo apelo do vento
No acalanto que o mudo lhes dá

Não há transito para os pés descalços
A terra mostra onde pisam os cupins
Obstinados e propensos a escuridão
Chegam ao sol, como que num vulcão

As cores são livres pra pintar o céu e o mar
Os peixes livres pra nadar,
aos pássaros é dado a liberdade de voar
E os gagos, a propriedade de cantar.

Diante de equações, diretrizes e condimentos, nada é tão engavetado
As orelhas continuarão a crescer. O machismo, um dia pára.
Os cabelos continuarão a cair, os preços sempre vão subir
E você vai sim se arrepender.

Por isso saia da internet e vá ver a lua. Ela o estava observando o tempo todo.

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